sábado, 6 de agosto de 2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
EXERCÍCIO NÚPCIAS
Em maio e junho de 2011, foi proposto aos alunos que
cursavam a matéria Laboratório I o projeto de pesquisa “Núpcias”. A criação de
personagem é parte indispensável do conhecimento do Técnico em Artes Dramáticas
e uma dentre tantas outras exigências da matéria. Penso que criar personagens é
difícil, mas traz um prazer enorme quando o objetivo é alcançado. Li uma vez de
Edvard Vasconcellos uma boa descrição do que é criar personagem, ele diz:
“O conceito de criação da personagem reconhece que todos os
seres humanos são diferentes. Como nunca encontraremos duas pessoas iguais na
vida, também nunca encontraremos duas personagens idênticas em peças teatrais.
Aquilo que faz suas diferenças faz delas personagens. O público que vai ao
teatro tem o direito de ver Treplev (personagem de A Gaivota, de Tchekov) hoje
e Hamlet na semana seguinte, e não o mesmo ator com sua própria personalidade e
seus próprios maneirismos. Embora possam ser desempenhados pelo mesmo ator, são
dois homens distintos com suas personalidades e características próprias. Mas
não se pode vestir uma personagem do mesmo jeito que veste um figurino. A
criação da personagem é um processo.
O ator precisa de uma perspectiva sobre o papel: o que ele pensa sobre a personagem e o que ele quer dizer através dela. Mas, para fazer isso, é importante lembrar que a personagem também tem sua própria perspectiva, a ótica através da qual ela percebe seu mundo. Ao longo da peça, a personagem passa pelas duas horas mais importantes de sua vida, enfrenta problemas que nunca enfrentou antes e faz coisas que nunca fez. E, portanto, muitas vezes não tem uma maneira habitual de agir.
O ator precisa de uma perspectiva sobre o papel: o que ele pensa sobre a personagem e o que ele quer dizer através dela. Mas, para fazer isso, é importante lembrar que a personagem também tem sua própria perspectiva, a ótica através da qual ela percebe seu mundo. Ao longo da peça, a personagem passa pelas duas horas mais importantes de sua vida, enfrenta problemas que nunca enfrentou antes e faz coisas que nunca fez. E, portanto, muitas vezes não tem uma maneira habitual de agir.
O primeiro contato do ator com a personagem se dá por
intermédio do seu problema humano. Esta relação entre a situação objetiva da
personagem e a íntima necessidade pessoal de transformá-la, cria uma síntese
dos lados objetivo e subjetivo da personagem. A ação torna visível a vida
interna e cria uma base para a experiência vivenciada. Esta síntese leva a uma
visão artística do papel onde a expressão externa não está separada do conteúdo
da experiência humana. Os objetivos a serem atingidos orientam a personagem ao
longo da peça. A cada instante a personagem reavalia sua situação perante seu
objetivo e disso surge a necessidade de agir.
É comum identificar o lado psicológico (a vida interna) da personagem com as suas emoções. Na verdade, Stanislavski, elaborador do sistema para o ator, se preocupou durante toda sua vida artística com o problema da criação da experiência verdadeira. Ele entendeu que as emoções não estão sujeitas a nossa vontade, e sim ao resultado de um processo de vida. Elas não podem ser atingidas diretamente. A ação é o indicador mais preciso da personagem. É inútil elaborar como a personagem vai agir sem saber qual ação que vai fazer.
Por ação entendemos um ato que envolve o ser humano inteiro na tentativa de atingir um objetivo específico. Na ação orgânica o desejo, pensamento, vontade, sentimento e corpo estão unidos. De fato, o homem inteiro participa da ação, por isso sua importância na criação da personagem. Agimos a partir de nossas percepções. Elas e nossas ações expressam quem somos nós.
Percebemos, avaliamos e depois agimos. O interior, que é invisível, se torna externo, visível e artístico através da ação. Entendido que as emoções surgem durante o processo de ação. “A lógica dos pensamentos gera a lógica das ações, que gera a lógica das emoções”.
É comum identificar o lado psicológico (a vida interna) da personagem com as suas emoções. Na verdade, Stanislavski, elaborador do sistema para o ator, se preocupou durante toda sua vida artística com o problema da criação da experiência verdadeira. Ele entendeu que as emoções não estão sujeitas a nossa vontade, e sim ao resultado de um processo de vida. Elas não podem ser atingidas diretamente. A ação é o indicador mais preciso da personagem. É inútil elaborar como a personagem vai agir sem saber qual ação que vai fazer.
Por ação entendemos um ato que envolve o ser humano inteiro na tentativa de atingir um objetivo específico. Na ação orgânica o desejo, pensamento, vontade, sentimento e corpo estão unidos. De fato, o homem inteiro participa da ação, por isso sua importância na criação da personagem. Agimos a partir de nossas percepções. Elas e nossas ações expressam quem somos nós.
Percebemos, avaliamos e depois agimos. O interior, que é invisível, se torna externo, visível e artístico através da ação. Entendido que as emoções surgem durante o processo de ação. “A lógica dos pensamentos gera a lógica das ações, que gera a lógica das emoções”.
No processo, os alunos pesquisaram textos individuais, românticos,
poemas e partes de peças e criaram personagens individuais que posteriormente
foram combinados.
O resultado foi um espetáculo cheio de casais apaixonados,
irados e prontos para a ação.
Confira algumas fotos do resultado e vídeos de exercícios
dos alunos. Pena que o espetáculo não foi filmado quando apresentado no teatro
da escola técnica Anísio Teixeira.
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